quinta-feira, 30 de junho de 2016

Arte e lixo

Hoje estive no Conjunto Nacional, em São Paulo e enquanto fazia uma hora por lá, me deparei com uma obra que me encantou. Trata-se de uma escultura de Dom Quixote, Sancho Pança e Rocinante. A obra chama atenção já de longe por seu tamanho, mas é de perto que se torna mais interessante. Ao nos aproximarmos, percebemos que tudo é feito de lixo!  

As orelhas de Rocinante são ferros de passar roupa, o Dom Quixote é todinho feito de latas de refrigerante amassadas e Sancho Pança tem seu corpo feito de tampinhas. É incrível ver como cada parte é na verdade uma peça de lixo, materiais que não foram reciclados e que se tornariam poluidores na natureza.

                                               
Detalhe de Rocinante / Foto Mariana Dib

A obra já esteve no Conjunto Nacional em 2005 e voltou este ano, para celebrar os 400 anos da morte do espanhol Miguel de Cervantes, autor de Dom Quixote. O trabalho foi realizado em parceria com a Cooperativa Social de Trabalho e Produção de Arte Alternativa e Coleta Seletiva (Cooperaacs). Ao todo, foram utilizados 150 quilos de plástico e sucatas, 2.000 latinhas de Coca-Cola, 120 câmaras de bicicleta, 4.000 tampinhas de cerveja, 2.000 lacres de latinhas, 10 quilos de retalhos de pano, 30 quilos de papel, e outros objetos como pentes, escovas, brinquedos, liquidificador, vassouras, relógio, óculos, medalha, pincel, lanterna, filtro, teclado de computador, chapéu e cabo de guitarra.

Detalhe da perna de Rocinante / Foto Mariana Dib


A arte, com criatividade e talento, promove uma reflexão sobre o que é lixo e sobre como lidamos com a grande quantidade de coisas que descartamos todos os dias. Para quem estiver em São Paulo, vale a pena conferir.   

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